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Hacker rouba e vende dados de mais de 220 milhões de brasileiros; saiba mais

Vazamento é considerado o maior já ocorrido no país

A empresa de tecnologia PSafe revelou ter descoberto, por meio de seu laboratório especializado em segurança digital, o maior vazamento de dados já ocorrido no Brasil - e um dos maiores de todo o mundo em volume de informações -, realizado por um hacker que tem vendido o material pela internet.

Além de cerca de 40 milhões de números de CNPJ de empresas, o criminoso roubou um banco de dados com 223 milhões de CPFs que estiveram ativos entre 2008 e 2020. As informações são da revista "Época", segundo a qual a própria PSafe identificou e questionou o hacker em um fórum na dark web. Trata-se, de acordo com a empresa, de um estrangeiro que vive fora do país e comercializa os dados em lotes de mil registros pelo equivalente a US$ 100 em bitcoins.

Os arquivos, que incluem nomes completos, datas de nascimento, endereços, saldos bancários, impostos de renda, fotos e informações sobre veículos, teriam sido copiados ao longo dos últimos 18 meses da base digital de um bureau de crédito - que, segundo indícios, pode ser a Serasa Experian.

Em nota, a companhia negou ser a fonte dos dados vazados, mas se houver comprovação de que eles foram roubados de uma empresa, esta pode ser responsabilizada pelo Procon ou mesmo enquadrada na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que vigora desde setembro - embora sem aplicação de multa, que só passa a valer em agosto deste ano.

Com esses dados em mãos, criminosos podem praticar roubos de identidade online e cometer fraudes bancárias. Especialistas aconselham a população a ficar atenta a mensagens por e-mail ou aplicativos que solicitem a confirmação de informações pessoais através de links; essa é uma forma de hackers conseguirem dados confidenciais mais críticos das vítimas, como senhas.